O BANQUETE E AMIZADE HIPOCRÁTICA: CULTURA DA SIMILITUDE

Antônio C.G. da Cruz, Mônica Beier, João L. de Magalhães, Aluízio de A. Abreu, Ítalo M.B. Astoni Júnior, Priscila M.C. Cruz

Resumo


Justificativa: Tanto o hipocratismo quanto a homeopatia compreendem a cura no domínio filantrópico [1,2]. Conforme os hipocráticos, filia é medida de conciliar em conjunto, inteligência ou gênero [1]. Ela combina a parte enferma com o restante orgânico como força do todo natural. Em O Banquete, a amizade também tempera homens para a cidadania, segundo o ideal de vida inteligente. Promove ressonâncias e conserva o todo ligado a si mesmo, traduzindo a atividade do amor a emanar de si generosidade, tudo tornando melhor,evacuando recursos de prudência para a pobreza, sempre se inclinando à felicidade e à sabedoria [3]. Desenvolve-se amizade pelo exercício do comedimento [1,4]. Ela recorre à recordação para gerar saber e sanear doença, que traduz ignorância e esquecimento de conjunto [5]. Objetivo: levantar evidências da cultura hahnemanniana de semelhança presentes nas noções de amizade do hipocratismo e de O Banquete. Método: comparação entre os textos hipocráticos, hahnemannianos e O Banquete. Resultado: a metodologia hipocrática parte da sensação corporal e dispersa para conceber a unidade com que medir e remediar inteligentemente, mediante recuperação de memória [4,5]. A dialética socrática, essencialmente filantrópica, começa da sensação corporal para a contemplação possível do um, consoante reminiscência [3]. O hahnemannismo também se lança de base estésica, em busca de uma inteligível virtude curativa e, ainda, recorre à memória para manejá-la conforme à similitude [2]. Estabelecendo ressonância ou medida entre contrários e diversos, o restante da totalidade orgânica e partes desagregadas [3,4], a amizade hipocrática e socrática caracteriza um processo assimilativo, próprio da cultura hahnemanniana da semelhança, que maneja a recordação para sanear morbidades. Conclusão: conclui-se que, na ideia de amizade, do hipocratismo e de O Banquete, pode-se distinguir evidências da cultura hahnemanniana de semelhança.

Texto completo:

PDF


Direitos autorais 2015 Antônio C.G. da Cruz, Mônica Beier, João L. de Magalhães, Aluízio de A. Abreu, Ítalo M.B. Astoni Júnior, Priscila M.C. Cruz

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.


ISSN: 2175-3105